Leal sonha em defender a seleção brasileira de vôlei a partir de 2019

O cubano Yoandy Leal Hidalgo, mais conhecido como Leal, se mantém firme em sua trajetória para representar a seleção brasileira masculina de vôlei a partir de 2019, quando estará liberado para atuar pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB). O jogador, destaque do Sada Cruzeiro, nasceu em Havana, mas é brasileiro naturalizado desde 2015.

Ele chegou ao Brasil em 2012 e em todas as temporadas tem sido um dos destaques da Superliga. E Leal sabe que tem de continuar em alta para ter chances de ser convocado no futuro. "As expectativas sempre são boas. Espero conseguir jogar pela seleção brasileira, mas sei que para isso acontecer tenho de continuar fazendo bem meu trabalho no clube", explica.

Quando se começou a cogitar uma convocação de Leal para a seleção brasileira, Bernardinho era o técnico da equipe e via isso com bons olhos. Mas, na ocasião, os trâmites burocráticos impediram que o atleta disputasse os Jogos do Rio e o sonho de disputar uma Olimpíada foi adiado.

Além disso, a seleção conquistou o ouro olímpico e provou ter uma geração forte. Leal sabe que a disputa é enorme em um país que é potência no vôlei. "Queria jogar por Cuba, pois sou cubano, mas o país tem uma política e eu não consigo jogar lá. O Brasil me abriu as portas e espero alcançar esse objetivo", diz Leal.

Na seleção, Renan Dal Zotto assumiu o lugar de Bernardinho. Leal confessa que não teve qualquer contato com o novo técnico, mas o próprio Renan já elogiou o trabalho do ponteiro cubano. "Ele já demonstrou qualidade, vigor físico impressionante, mas sou vou pensar nisso quando ele puder ser convocado", chegou a falar.

O treinador sabe que o Brasil possui jogadores de qualidade para a posição, desde consagrados até jovens promessas. Por isso, deixa as portas abertas, mas não garante vaga cativa para qualquer atleta. Leal sabe disso e não se ilude, por isso pretende continuar mostrando essa força no ataque que vem chamando a atenção na Superliga.

Leal lembra que costuma conversar com alguns colegas sobre sua vontade de defender o Brasil e reitera que seu sonho é disputar uma Olimpíada. Chegou a jogar um Mundial por Cuba, em 2010, quando foi vice-campeão, perdendo a final para o Brasil. Como Cuba não se classificou para os Jogos de Pequim, em 2008, ele não fez sua estreia olímpica.

Depois de 2010, ele deixou a seleção de Cuba, ficou um tempo parado, até vir para o vôlei brasileiro. Ele sabe que ser um jogador naturalizado não é confortável para alguns concorrentes por vaga na seleção. "Tem jogador que está de acordo, outros não, então acho que quem fizer bem seu trabalho terá possibilidade de ser chamado, assim como eu", comenta.

Leal deixa bem claro que não pretende tirar a vaga de ninguém, está apenas tentando realizar seu sonho no país que o acolheu. "Espero que alguns atletas possam entender essas coisas. Muitas pessoas já reclamaram publicamente. Só que isso para mim não significa nada, estarei ali para jogar e fazer o trabalho, e se for chamado quero ajudar eles na seleção."

Com 2 metros de altura, Leal é uma estrela no Sada Cruzeiro. O time é o atual tetracampeão da Superliga e um dos favoritos ao título novamente. O jogador sabe que é o time a ser batido na atual temporada. "A expectativa é sempre a mesma. Vamos tentar ganhar novamente, mas acho que a Superliga será muito disputada. Tem equipes muito boas e espero que a gente tenha bons resultados", afirma.

Em relação ao time do ano passado, a única mudança foi a saída do levantador William, que foi substituído pelo argentino Nicolas Uriarte. "O time não sentiu muita diferença. Lógico que o William é um excelente levantador, era nossa capitão, ficou lá sete anos, mas o Nico está fazendo bem seu trabalho, estamos conseguindo jogar de forma parecida, então vamos continuar competitivos", conclui Leal, mostrando otimismo para a disputa da Superliga.



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