Bruno Schmidt volta à faculdade e busca se reinventar



Quem estava acostumado a ver Bruno Schmidt e Alison no alto do pódio tomou um susto nesta temporada de 2017. Campeões da Copa do Mundo em 2015, ouro na Olimpíada de 2016, vencedores do Finals de 2016 e detentores do título do Circuito Mundial de 2015, os brasileiros tiveram um 2017 sem grandes resultados. Na Copa do Mundo, eliminação precoce nas oitavas de final, e, na classificação geral do Circuito, a sétima posição. Aos 31 anos de idade, Bruno aproveitou a menor intensidade de competições na temporada para voltar aos tempos de faculdade:
Bruno Schmidt foge do bloqueio adversário
 
"Voltei a cursar a faculdade de direito pela baixa da competição que estamos tendo. É um prazer que eu tenho a parte acadêmica. Tinha trancado um bom tempo, uns cinco anos. Depois que botei em pauta o ciclo olímpico, não queria que nada interferisse. Mas como foi um ano de ressaca, as competições foram menores, então vi a possibilidade de voltar a fazer uma coisa que eu gosto muito", disse.
Bruno está no oitavo período e vê no direito uma hipótese de carreira em um futuro não tão próximo, mas que uma hora irá chegar:
"Penso para futuro, não tem como jogar vôlei de praia para sempre. Tirando o vôlei de praia, essa é a ideia. É uma coisa pessoal, tomara que cresça quando o vôlei de praia baixar um pouco na minha vida. Ainda não sei a área do direito, um passo de cada vez, vou agir e sentindo onde a onda estiver crescendo para mim", disse Bruno.

Bruno Schmidt Mundial de vôlei de praia
 
Em 2017, o título da Copa do Mundo de vôlei de praia ficou com o Brasil. Evandro e André saíram com o título. No Circuito Brasileiro, a dupla campeã foi Saymon e Álvaro Filho. Bruno explica os resultados um pouco abaixo do esperado dos atuais campeões olímpicos:
"A gente tinha planos de pisar no freio, nunca tinha pisado. Meu ombro estava começando a sentir. Quando não faz uma pausa necessária, seu corpo começa a sentir. Foi importante para gente se reerguer, planejar, analisar...", comentou.
Mas Bruno não tem dúvidas que, em 2018, as conquistas estarão de volta:
"Eu e Alison somos competitivos, a gente não gosta de perder né? O bacana é que nem terminou o ano e já estamos pensando em voltar a treinar, voltar a forma. Isso que é o importante. Se tivéssemos emendado tudo, talvez a gente não tivesse motivação", pontuou.
A próxima competição de Bruno e Alison será em janeiro, na volta do Circuito Brasileiro. Em fevereiro, já haverá a disputa do Major dos Estados Unidos, na Flórida, válido pelo Circuito Mundial.


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