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Fofão fala sobre Tifanny

 


O ranking da Superliga Feminina de Vôlei para compor o elenco das equipes foi mantido para a temporada 2018/2019, decisão que saiu de reunião realizada na semana passada entre atletas, clubes e a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). E a grande novidade foi a inclusão de Tifanny na lista de jogadoras de pontuação máxima – são permitidas no máximo duas por equipe. Primeira transexual a disputar a competição nacional, pelo Bauru, a oposta é motivo de polêmica. E quem conversou com o espnW sobre o assunto foi a medalhista olímpica Fofão.

"Ficam muitas dúvidas. Até que ponto é certo, até que ponto não é? Acredito que as coisas deveriam ter sido pensadas antes de acontecer. Deveria ter sido estudado se estar na Superliga Feminina realmente é a melhor maneira, até mesmo de não a afetar como jogadora. As coisas aconteceram, e somente agora as pessoas estão refletindo se é justo ou não."

Destaque do Bauru, Tifanny tem a maior média de pontos por set desta temporada (305 pontos em 55 sets disputados, com 5,55/set). No novo ranking da Superliga, a jogadora se junta à levantadora Dani Lins, as centrais Fabiana e Thaísa, as ponteiras Fernanda Garay, Gabi Guimarães e Natália, além da oposta Tandara. Deixaram o grupo as bicampeãs olímpicas Jaqueline e Sheilla.

"Temos que ter muito cuidado quando tratamos de esporte de alto nível. O esporte está sempre brigando por coisas positivas. Mas foi aceito pela Federação Internacional (de Vôlei, a FIVB), e não podemos dizer se é justo ou não porque, infelizmente, as regras favorecem que ela jogue. Então, temos que respeitar. Mas deve existir um limite porque, senão, de alguma forma isso vai ser muito confuso para as jogadoras que estão em atividade hoje", completou Fofão.



O regulamento da FIVB, em conformidade com diretrizes aprovadas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) em 2015, permite a participação de transexuais em competições oficiais. Não há exigência da cirurgia de mudança de sexo.

No caso das mulheres trans, é preciso comprovar um nível de testosterona (hormônio masculino) abaixo de 10 nanomols por litro de sangue para competir na categoria feminina. A atleta só pode defender uma equipe após manter esse índice por pelo menos 12 meses consecutivos e, depois de estrear, deve passar por monitoramento frequente do nível de testosterona.

Tifanny cumpre os requisitos. Ela concluiu o processo de transição de gênero em 2015 e atualmente registra em torno de 0,2 nanomol de testosterona por litro de sangue. Após uma temporada no Golem Palmi, da Itália, a oposta voltou ao Brasil para se recuperar de uma cirurgia na mão. O Bauru ofereceu tratamento à atleta e, meses depois, acertou sua contratação. Sua estreia foi em dezembro.


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