Gabi Cândido justifica dispensa da Seleção por problema de saúde


Um dia depois de ter seu pedido de dispensa confirmado pela Confederação Brasileira de Vôlei, a ponteira Gabi Cândido foi as redes sociais para explicar sua ausência na Seleção Brasileira comandada por José Roberto Guimarães. Em meio a diversos pedidos de liberação, a jogadora do Sesi-Bauru apontou problemas de saúde e revelou sofrer de síndrome do pânico.
Em sua conta no Instagram, a jogadora reafirmou seu comprometimento com a Seleção em todos os momentos de sua carreira e lamentou as críticas que recebeu pelo pedido de dispensa, como alguns chamados de "covarde" por parte de algumas pessoas. Além disso, desejou boa sorte ao restante do elenco.
"Sirvo a seleção brasileira de base com muito orgulho desde 2012. NUNCA (e quem me conhece sabe e pode afirmar) deixei de dar todos os dias o melhor de mim. Sou imensamente grata ao Zé Roberto pelo reconhecimento do meu trabalho", escreveu. "Não devo satisfação a nenhum de vocês, mas já que vocês gostam tanto de nos julgar, por motivos que não cabem a vocês eu vou explicar resumidamente o porquê de eu não ter me apresentado. Tenho uma doença chamada síndrome do pânico; ou seja "crises repentinas de ansiedade aguda, marcadas por muito medo e desespero, associadas a sintomas físicos e emocionais aterrorizantes." para que entendam melhor", explicou.
"Dói muito em mim ler comentários tão cruéis me chamando de covarde. De pessoas que nem se quer me conhecem ou sabem quem eu sou. Agradeço muito a Deus por estar melhor hoje e a minha família que me dá total apoio e conforto para que eu melhore cada dia mais. E para os cornerteiros de plantão, e pra quem me pergunta de coração aberto e quer o meu bem, é por isso que em 2019 peço dispensa da seleção", completou.
Com duas publicações consecutivas, Gabi ainda explicou alguns dos motivos que levaram a decisão pela dispensa, exaltou a força de sua família e revelou que faz um tratamento há dois anos contra a doença. Porém, disse que não existe 100% de cura para a doença e lembrou dois casos recente em que se sentiu prejudicada pela doença.
"Estar na seleção e uma cobrança muito grande, pressão, viagens longas, quantidade alta de treinamentos, cortes, tudo o que deixa ansiosa e faz atacar minha doença. Estou me tratando há dois anos. Mas não existe 100% de cura para esse tipo de doença. Ela vem e volta quando quer. Quando eu permito. Mas as vezes esse "permitir" foge do meu controle. Em 2017, no mundial Sub 23 fui atacada por essa crise. Não consegui jogar um jogo sequer do campeonato no qual eu tanto esperei e treinei para representar meu país. Em 2018 na copa pan americana na qual eu fui chamada para seleção novamente a história se repetiu", finalizou


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